Uma amiga me enviou esta bela entrevista do grande escritor Ignácio de Loyola Brandão que foi publicada no jornal "O Estado de S. Paulo":
É preciso deixar essa coisa boba de moral para pensar na vida
Ignácio de Loyola Brandão, escritor
O Estado de S.Paulo
Autor do conto Obscenidades para uma Dona de Casa, o escritor Ignácio de Loyola Brandão defende o uso da obra na escola.
O que você pensa da reação de alguns pais e professores em relação ao seu conto ser trabalhado na escola?
Eu, com 12 anos, lia Jorge Amado. Meu pai era católico, apostólico, romano. Li tudo com a maior liberdade, conversava com o meu pai, e ele me explicava as coisas. E aquilo que eu lia deixava de ser erotismo ou pornografia para ser vida.
Então pode cumprir um papel educativo na sala de aula?
Tem um caráter educativo. Agora, o pai e a mãe têm que ser abertos para a discussão das coisas. Pai, o que é isso? Mãe, o que é isso? Você tem de deixar de lado essa coisa boba de moral para pensar em termos de vida.
No que te ajudou?
Ajudou na minha formação, para eu entender o que é vida, o que é o amor, o que é o sexo, a honestidade, a sinceridade, o que é a verdade. Me fez ver que a vida tem vários aspectos e você não pode proibir porque mais cedo ou mais tarde as pessoas vão descobrir. Não se pode fazer do sexo uma coisa monstruosa e pecaminosa porque aí você pode conduzir para desvios da personalidade.
Você chamaria de conto pornográfico?
Não, não. É um conto inclusive bem humorado, que fala da solidão feminina, da sensualidade. Ele é muito engraçado e foi adotado em várias escolas. Já houve essa atitude em algumas escolas, cartas isoladas de alguns pais. Pouquíssimas escolas tiveram a atitude de condenação, de proibição, de repressão. Acho maravilhoso ter sido adotado (pela rede estadual de São Paulo).
Para você não há objeção em usar o conto na sala de aula?
Não vejo nenhuma objeção em relação a isso. Cabe à consciência e à formação do professor. Se ele também é obtuso, não vai rever nada. Se ele é um professor aberto, tudo bem. Ele que converse com os alunos sobre o que é vida. Esses meninos estão lendo o caso Bruno, vendo um ídolo deles, jogador de futebol, fazendo orgias com as moças e mandando matar. Isso é que é pornografia e não a história da solidão de uma mulher que procura na sensualidade uma maneira de libertação.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Tantra, tabu e trivialidades
Segue abaixo o texto de um cliente do Centro Metamorfose que foi publicado no blog http://arguta.blogspot.com/2010/09/tantra-tabu-e-trivialidades.html
A cada dia que passa, percebo que as pessoas vem adquirindo cada vez mais interesse em desenvolver algo que sempre foi tratado à revelia de sua importância: a nossa própria sexualidade.
Por isso, tomo a liberdade de transcrever o depoimento de um cliente, após a sua participação no curso de massagem tântrica êxtase total:
"Se você fizer uma lista das coisas realmente importantes da vida, provavelmente irá concluir, como eu, que a maioria delas não se aprende na escola.
Para algumas delas recebemos as piores orientações em casa, em função de questões culturais, morais ou religiosas.
Auto-conhecimento, relacionamentos afetivos e sexo são três bons exemplos.
Os dois primeiros não estão em nenhum currículo escolar e o terceiro, convenhamos, quando incluído não passa dos rudimentos de anatomia, bordões moralistas e campanha pelo uso da camisinha.
Em casa não é muito diferente. Nossos pais não fazem a mínima questão de que nos conheçamos, já que estão ocupados demais projetando suas expectativas e condicionando seu amor ao nosso desempenho. No quesito "relacionamentos afetivos", outro desastre ainda maior: exemplos de uma relação desequilibrada entre pais e filhos, sem o respeito a individualidade dos filhos. E sexo costuma ser o pior dos tabús entre as paredes do lar.
Partimos para vida adulta despreparados e somos vítimas constantes do tanto que nos desconhecemos, da necessidade de fazer por merecer o amor (modelo de relação com os pais) e dos tabús (e insatisfação) em relação ao sexo. Dificil ser feliz assim ... E mais dificil ainda conseguir estabelecer um relacionamento amoroso saudável.
Uma boa notícia para os adultos que querem começar a enfrentar esse grande desafio de uma maneira mais divertida do que a psicanálise .... O Tantra está aí para isso.
Neste final de semana fiz um módulo de um curso de massagem tântrica no Centro Metamorfose, na Vila Madalena (SP).
Foi uma experiência muito interessante e que pretendo repetir.
Não vou entrar em detalhes porque a internet serve justamente para isso (www.centrometamorfose.com.br).
Mas vou correr o risco de recomendar ás leitoras que aproveitem a oportunidade de se conhecer melhor através do mais longo e intenso orgasmo de suas vidas (caso ainda não tenham passado por isso). E também aos leitores, que terão a oportunidade de aprender a lidar melhor com suas "necessidades" sexuais e, quem sabem, passar a olhar para as mulheres de uma forma diferente (se não chegarem a tanto, no mínimo irão aprender algumas técnicas muito eficientes para alegrar a Yoni).
Recomendaria, também e principalmente, para casais ... mas isso iria exigir uma abertura e uma qualidade de relacionamento que a maioria dos casais não tem.
Bem ... acho que já descrevi o suficiente para aguçar a curiosidade de vocés.
Se eu contar como foi vou acabar cutucando tabús e impedir que alguns leitores tenham a chance dessa experiência libertadora.
Resta agradecer ao Deva Nishok, a Deva Manisha e ao Gilson pelo final de semana tão especial e pelo carinho com que nos receberam."
Fonte: http://arguta.blogspot.com/2010/09/tantra-tabu-e-trivialidades.html
A cada dia que passa, percebo que as pessoas vem adquirindo cada vez mais interesse em desenvolver algo que sempre foi tratado à revelia de sua importância: a nossa própria sexualidade.
Por isso, tomo a liberdade de transcrever o depoimento de um cliente, após a sua participação no curso de massagem tântrica êxtase total:
"Se você fizer uma lista das coisas realmente importantes da vida, provavelmente irá concluir, como eu, que a maioria delas não se aprende na escola.
Para algumas delas recebemos as piores orientações em casa, em função de questões culturais, morais ou religiosas.
Auto-conhecimento, relacionamentos afetivos e sexo são três bons exemplos.
Os dois primeiros não estão em nenhum currículo escolar e o terceiro, convenhamos, quando incluído não passa dos rudimentos de anatomia, bordões moralistas e campanha pelo uso da camisinha.
Em casa não é muito diferente. Nossos pais não fazem a mínima questão de que nos conheçamos, já que estão ocupados demais projetando suas expectativas e condicionando seu amor ao nosso desempenho. No quesito "relacionamentos afetivos", outro desastre ainda maior: exemplos de uma relação desequilibrada entre pais e filhos, sem o respeito a individualidade dos filhos. E sexo costuma ser o pior dos tabús entre as paredes do lar.
Partimos para vida adulta despreparados e somos vítimas constantes do tanto que nos desconhecemos, da necessidade de fazer por merecer o amor (modelo de relação com os pais) e dos tabús (e insatisfação) em relação ao sexo. Dificil ser feliz assim ... E mais dificil ainda conseguir estabelecer um relacionamento amoroso saudável.
Uma boa notícia para os adultos que querem começar a enfrentar esse grande desafio de uma maneira mais divertida do que a psicanálise .... O Tantra está aí para isso.
Neste final de semana fiz um módulo de um curso de massagem tântrica no Centro Metamorfose, na Vila Madalena (SP).
Foi uma experiência muito interessante e que pretendo repetir.
Não vou entrar em detalhes porque a internet serve justamente para isso (www.centrometamorfose.com.br).
Mas vou correr o risco de recomendar ás leitoras que aproveitem a oportunidade de se conhecer melhor através do mais longo e intenso orgasmo de suas vidas (caso ainda não tenham passado por isso). E também aos leitores, que terão a oportunidade de aprender a lidar melhor com suas "necessidades" sexuais e, quem sabem, passar a olhar para as mulheres de uma forma diferente (se não chegarem a tanto, no mínimo irão aprender algumas técnicas muito eficientes para alegrar a Yoni).
Recomendaria, também e principalmente, para casais ... mas isso iria exigir uma abertura e uma qualidade de relacionamento que a maioria dos casais não tem.
Bem ... acho que já descrevi o suficiente para aguçar a curiosidade de vocés.
Se eu contar como foi vou acabar cutucando tabús e impedir que alguns leitores tenham a chance dessa experiência libertadora.
Resta agradecer ao Deva Nishok, a Deva Manisha e ao Gilson pelo final de semana tão especial e pelo carinho com que nos receberam."
Fonte: http://arguta.blogspot.com/2010/09/tantra-tabu-e-trivialidades.html
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